A nova administração do Corinthians viajará para Brasília para uma reunião com a Caixa Econômica Federal nesta quinta-feira (14). De acordo com informações obtidas pela ESPN, Rozallah Santoro, diretor financeiro do clube durante a gestão do presidente Augusto Melo, estará presente na reunião.
Na última sexta-feira (9), como também foi revelado pela reportagem, o banco rejeitou a proposta do clube alvinegro apresentada em 2023, no final do mandato de Duílio Monteiro Alves, para quitar a Neo Química Arena.
A proposta do clube alvinegro propôs o pagamento de R$ 531,5 milhões em duas frentes: utilizando créditos a serem recebidos da Hypera Pharma no contrato de naming rights do estádio; e contratos de FCVS (Fundo de Compensação de Variações Salariais).
O problema é que a Caixa, após análise interna, considerou as duas fontes de receitas “inviables” para quitar a Arena, o que fará com que a nova administração “comece uma conversa do zero” para entender as possibilidades de uma nova proposta.
Atualmente, o Corinthians possui uma dívida de aproximadamente R$ 700 milhões com a Caixa, que vem sendo paga desde 2023. No entanto, até o momento, todos os repasses feitos pelo clube e pelo fundo que administra a Arena só têm abatido juros, sem amortizar a dívida em si.
“Sabíamos que a dívida era essa, nunca escondemos. O que está em vigor hoje? Tivemos um período de carência durante 2022, começamos a pagar juros em 2023, um total de R$ 100 milhões em quatro parcelas trimestrais. A última não foi paga integralmente, apenas parcialmente, e será quitada no final de fevereiro”, explicou Rozallah Santoro em entrevista à ESPN.
“E esperamos que ao longo deste ano, devido à queda na taxa de juros, a conta de juros seja reduzida de R$ 100 milhões para R$ 80 milhões. Mas isso só paga os juros e continuo devendo R$ 700 milhões. Isso não amortiza nada da dívida”, completou.
Agora, o objetivo do Corinthians é continuar honrando os pagamentos previstos no acordo com a Caixa enquanto busca uma nova maneira de quitar a dívida.
“Temos algumas alternativas em mente, mas precisamos alinhá-las com a Caixa para entender. Dado que ela já deu uma resposta negativa formal, a última coisa que quero é ter outra resposta negativa. Então, o que precisamos fazer é, diante da resposta negativa formal, ter uma conversa com a Caixa, apresentar algumas alternativas e entender com a Caixa qual caminho seguir”, ressaltou.
“O tom da resposta é muito no sentido de ‘não podemos aceitar isso’. Então, resumindo, não podemos aceitar nada do que você nos propôs. Se eu tivesse conversado com você antes e entendido que esse era um caminho viável, dificilmente esse seria o tom da resposta”, concluiu o diretor financeiro.
De acordo com a fonte espn.com.br