Estes eram os rankings das finanças dos clubes brasileiros em 2011, quando o Corinthians deu início à construção de seu estádio, em Itaquera.
O time alvinegro era o líder em receitas. Também era aquele que mais gastava com seu futebol, porém o investimento na equipe representava apenas 68% do seu faturamento, o que era considerado aceitável.
A dívida do Corinthians em 2011 era apenas a décima maior do país. Além disso, correspondia a 61% das receitas, um valor controlável.
Agora, em 2022, ou seja, oito anos após a inauguração da nova Arena, que agora é chamada de Neo Química, a situação é diferente.
O Corinthians fatura menos do que o Flamengo e o Palmeiras.
Além disso, não é mais o clube que mais investe em futebol, sendo ultrapassado novamente pelo Flamengo e pelo Palmeiras.
A dívida aumentou consideravelmente e, mesmo sem considerar o estádio, o Corinthians ocupa o terceiro lugar no ranking dos clubes mais endividados, ficando atrás apenas do Atlético-MG e do Cruzeiro.
Antes de Itaquera, o Corinthians precisava destinar apenas 61% das receitas para pagar todas as suas dívidas. Hoje, seria necessário utilizar todo o dinheiro arrecadado em um ano e ainda faltariam R$ 130 milhões (sem contar a dívida do estádio).
Segundo informações apuradas pelo jornalista Raul Moura, nesta segunda-feira, o Corinthians foi informado de que a Caixa recusou a oferta do clube para quitar o financiamento da Neo Química.
Com isso, a dívida geral do clube aumenta em quase R$ 600 milhões.
Muitos dizem que o Corinthians “ganhou” seu estádio de presente. No entanto, a realidade é que o clube ganhou um pesadelo tão pesado quanto o desnecessário mármore da grandiosa obra.
O Corinthians precisava de um estádio, porém o modelo escolhido para Itaquera foi um grande erro. Seria melhor ter continuado “morando de aluguel”. Que saudades do Pacaembu.
De acordo com a fonte espn.com.br